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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Era uma vez o dia que a senadora e o músico, mostraram ao homem que ele era apenas um menino...

E ontem em pleno domingo dia 13/11/11 eu me deparo coom um dos dias mais transformadores da minha vida. Fui ao SWU. O que me transformou definitivamente não foi o festival em si, até porque se cabe aqui neste texto: o Festival está em fase de aperfeiçoamento, creio que o espaço que eles tem ali em Paulínia seja um dos melhores do mundo pra se realizar um grande evento mundial, mas desta vez inversamente proporcional à primeira edição, o espaço foi grande demais para o público do evento e o line up do Festival contou com poucos shows importantes e inéditos de grande porte.

De qualquer forma fomos lá eu, minha esposa e mais quatro amigos, tudo muito bom rindo a toa no caminho, sem saber o que me aguardava. Coincidência ou não nós ganhamos o ingresso e justamente neste dia no II Fórum de Sustentabilidade, que o Festival abriga, estava a senadora Marina Silva entre os integrantes do debate. Eu fiquei realmente curioso, pois ela foi minha candidata à presidência na última eleição e queira conhecer mais profudamente suas linhas de pensamento. Chegamos ao local do Evento, o belíssimo Theatro Municipal de Paulínia, entramos e logo em seguida foram chamados ao palco todas as personalidades que participariam do debate naquela manhã, incluindo a senadora.

O primeiro discurso foi de uma americano da Cradle to Cradle, falava muito bem e estava lá mostrando seu trabalho como agente certificador de empresas que produzem bens sustentáveis, levando até nós um fabricante de skates, que falou na sequência, sem grande traquejo.

A terceira pessoa foi um Psicóloga que falou muito sobre a força do pensamento, individual e coletivo nas transformações da humanidade, logo após o representante do SOS Mata Atlântica Mario Mantovani que falou muito bem não só de defesa do meio ambiente no âmbito de proteção vegetal, ou animal, mas da proteção social, e política que podem auxiliar a acontecer ambas, que são fatores de sobrevivência e não somente um mimo de gente que tem dó de bicho e mato.

Depois dele a representante da ONU, uma brasileira, que mostrou que a ONU está aí investindo, mas ainda não fiscaliza ou denuncia más práticas contra o meio ambiente, ou ser humano. Ou seja continua sendo a ONU...

E por último a senadora Marina Silva, ela que durante a palavra dos demais anotou bastante, baseou seu discurso nas possibilidades que sustentam a sustentabilidade como novo modelo de administração do planeta, que funde os conceitos de economia e ecologia. Atuando em todos os setores da sociedade sejam eles tangíveis, símbólicos, éticos, estéticos, técnicos, sociais e ou culturais. Tudo muito complexo, mas extremamente tocante e real.

Sem em nenhum momento tocar em ideologia política, sem bravata marxista, ou neoliberal capitalista, mostrando que a verdadeira mudança não se faz por conceitos pré fabricados, mas respeitando a individualidade do ser humano e racionalizando em cima dos problemas que temos de resolver, buscando os meios sem consulta à cartilha do partido, mas colocando a classe política (e ela como parte desta classe) como servidores da população.

Depois de tudo isso, o dia foi passando e fui verificando que se o festival quiser incubar uma mudança de pensamento, precisa ampliar o alcance deste Fórum, pois apenas 1000 pessoas assistiram a tudo aquilo e as demais 5o.000 só queriam beber, cair e levantar, (Houve amplo acompanhamento pela internet, cerca de 1.500.000 pessoas, este foi o ponto positivo da coisa). Sem crítica aos que optaram pelo tipo de diversão mais psicotrópica, mas foi o paradoxoque vivi durante o resto do dia. Passa show, passa show e chegou a hora que eu e minha fiel escudeira fomos até um dos palcos principais, por volta das 22:00 horas para assistir o Artista Peter Gabriel junto com mais umas 5000.

Eu já tinha esse conceito dele, por tudo que desenvolveu na sua carreira, seja pelo conteudo músical, pelo contexto filosófico, social e mundial que norteou seu modo de ser desde os tempos áureos do Genesis. Eu disse um dia antes para minha esposa: "Esse show, não é pra pular ou se empolgar, oque emociona são as palavras e não o ritmo". E foi o que ele fez. Veio com um novo show, acompanhado não por uma banda, mas por uma orquestra, formada metade por jovens brasileiros e a outra metade ingleses. Um maestro excelente, jovem, muito bom mesmo. E lá estava ele criando ilusões com espelhos, luzes, expressões e explicando em páginas lidas antes de cada música, (EM PORTUGUÊS) Porque havia escrito a música que apresentaria e qual sentido ela tinha para ele. Não despejou seu repertório no público, pelo contrario, elegantemente demonstrou uma vida de artista, que tenta pela sua arte transmitir conceitos e sentimentos, tudo muito bem orquestrado por quatro telões e câmeras dispostas em locais estratégicos, que na hora certa transbordavam uma estética que não se rotula. Depois de mais de quase 20 anos indo em shows (grandes, ou pequenos) eu nunca senti nada igual a interação, a humildade e a verdade que passou Peter Gabriel em sua primeira vez no Brasil!

Então esse foi o dia de festival, onde eu aprendi muito e duas pessoas de locais e vidas totalmente diferentes conseguiram me MODIFICAR.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

TRETA NA USP!

Pois num é que após um hiato de mais de um ano eu resolvi escrever novamente neste blog! Foi um impulso? Ou será que me senti realmente obrigado a dar miha opinião sobre um dos mais sérios problemas da atualidade brasileira.

Estudantes invadiram a Reitoria da universidade de São Paulo para reinvindicar. Melhores condições de ensino? Liberação da ronda da polícia militar? Realmente não sei mais o que é, mas vejo uma mobilização dos meios de comunicação em salientear o lado irresponsável desta manifestação, mostrando os alunos como "filhos de papai", preocupados exclusivamente com maconha e afins.

Na maior Universidade Brasileira, o caos e a desordem correm soltos, dando pulos e o problema não é de hoje, sem ao menos uma reportagenzinha do Fantástico, ou da Veja. A segurança no Campus sempre foi frágil e o desleixo da reitoria notório. Vide as moradias dos estudantes, onde pessoas já formadas há anos ainda moram de graça e não cedem espaço para quem precisa delas , nosso sistema de ensino público que não dá oportunidade para os que precisam de uma Universidade pública, quem entra é em maioria esmagadora quem tem condição de bancar cursinhos e escolas particulares caríssimas.

A corrupção por parte da reitoria vem sendo denunciada faz bastante tempo, mas nossas Universidades públicas são elefantes brancos, brancos do gesso da burocracia que impede o diálogo entre reitoria, alunos e professores de forma adequada.

A coisa está feia de verdade e precisamos dizer que somos contra a baderna do maconheiro iresponsável, que só colabora para um sistema que quer de toda maneira vendar os olhos da sociedade para o problema real das drogas. Precisamos dizer que somos contra a corrupção dos vestibulares que vendem vagas a torto e a direito por todo país. Que somos contra a política de repressão ao narcotráfico ineficaz e pouco inteligente que se faz hoje. Não podemos deixar de nos posicionar simplesmente porque não estudamos na USP, ou porque não fumamos maconha, ou porque não é nosso reitor o corrupto. Temos de nos aprofundar das mazelas da sociedade, sem deixar a mídia deformar a realidade e ajudar na solução dos problemas. Porque quando o problema for nosso. Quem estará ao nosso lado?

terça-feira, 15 de junho de 2010

Os Segredos do Sucesso

Hoje eu pensei que deveria escrever sobre alguma coisa e dos milhares de temas possíveis, resolvi falar sobre o sucesso, devido a uma conversa entre eu e minha esposa ontem a respeito deste fenômeno chamado Justin Bieber, o novo ídolo fabricado pela mídia.

Eu comentei que era muito ruim a música do menino, que a voz dele é feita na mesa de som e a resposta dela foi: "...mas ele ta ganhando muito dinheiro, não tá nem aí pra isso!" Eu concordei, mas disse que isso era uma burrada, que pais teria este menino para deixá-lo nesse meio fazendo um trabalho artisticamente medíocre desses. A resposta da minha mulher foi: "O filho tá ganhando tanto dinheiro que nem querem saber de nada". Retruquei dizendo que viver com esta mentalidade é uma grande besteira e que este fenômeno não vai durar muito.

O que sei que hoje no Brasil vivemos uma febre parecida com o filho do Fábio Júnior, o menino Fiuk. Ele é o protagonista do pior programa da televisão brasileira depois de Luciana Gimenez e Mutantes (a novela), a tal Malhação ID. E na minha opinião é tão vazio quanto o programa assim como sua banda e suas músicas. Tem aquela outra menina Malu Magalhães que pensa que é a filha do Johnny Cash com o Bob Dylan, canta muito mal, escreve pior ainda. Vamos mais longe ainda: Banda Calypso: arranjos medíocres para uma péssima cantora, com coreografias pobres e figurinos pra lá de bregas. Tem o Latino, a Pitty que paga de filósofa do rock, das piores cantoras que já ouvi na vida, Claudia Leite, Ivete, Rebolation que só tem uma frase, depois é um repeteco só, que nem o Créu.

Porque todo este Lixo faz sucesso?

Existem duas teorias que acho interessantes, mas nenhuma delas da uma resposta fechada para esta pergunta.

A primeira teoria é que toda arte se tornou profissão com o passar do tempo. Ninguém mais faz arte pela arte simplesmente. Quando você vai a uma bienal, a um concerto de música clássica, pode perceber que tem patrocinadores que estão colocando dinheiro para pagar os artistas, os músicos da orquestra, geralmente você tem de pagar ingresso para participar de um evento destes. Na música popular não é diferente, pelo contrário é muito pior, pois dentro das "artes" o maior mercado é o da música. Temos os famosos "PopStars", gente bilionária como Lionel Ritchie, Paul McCartney. Agora pense que se existem artistas bilionários imaginem só produtores e empresários do meio musical quanto poder e dinheiro não tem! Bom então os artistas se tornaram profissionais que precisam de dinheiro para sobreviver, precisam divulgação para que seu trabalho gere a repercussão necessária, que os resultados financeiros sejam convenientes. O drama é que o artista por si só não consegue desenvolver seu trabalho e vendê-lo ao mesmo tempo, então surgem os profissionais que tem facilidade para vender o trabalho desenvolvido e tem gente tão influente, que quer ganhar tanto dinheiro, que no fim das contas acabam transformando trabalhos medíocres em sucesso.
O lob neste meio é tão forte que artistas filhos de artistas, mesmo que não tenham herdado nenhum talento, conseguem espaço para divulgar seu trabalho e se apresentar. Basta ter um irmão diretor de gravadora e pagar um jabazinho aqui e ali, pronto você já é um artista de sucesso.
O Jabá é muito importante, creio que ele seja o grande responsável pelo minúsculo tamanho do nosso leque de artistas bons. Este mecanismo consiste no suborno de um meio de comunicação. Então se eu sou empresário de um artista e quero notoriedade para sua música eu vou até as rádios de maior audiência e pago para que toquem direto a música que eu determinar, vou até um diretor musical de televisão e compro a vaga do meu artista na trilha sonora da próxima novela e isso cria o virtual sucesso, pois se ouve o rádio está lá tocando, se assiste a novela toca de novo a música. Depois disso vários programas de televisão querem levar este artista para cantar e os contratantes de show querem que o mesmo venham se apresentar em seus domínios. Assim se gera o dinheiro necessário para manter a engrenagem do Jabá rodando sempre. Poucos artistas, geralmente os bons artistas conseguem sobreviver a este formato de mercado e são famosos, mas não tocam direto nas rádios, nem tem espaço freqüente na televisão, mas seu bom trabalho transcende a tudo isso e eles conseguem viver da música. Então se você quer ser um artista aqui no Brasil e não tem muito talento, vai com certeza “passar fome” se não tiver muito dinheiro para comprar seu espaço no nosso meio. Paro por aqui hoje...Continuarei!